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Thursday, August 13, 2009



Dos becos da periferia

Há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune

A voz que galopa contra o passado pelo futuro de todos
.
Pela arte e pela cultura do subúrbio
Pela universidade para diversidade

Contra a arte patrocinada pelo que as corrompem

Contra a arte fabricada para destruir o senso critico
A arte que liberta não pode vir da mão que escraviza

Sejamos pois a favor da poesia periférica que brota na porta do bar

a favor do teatro que não venha do ter ou não ter
a favor do cinema real que não iluda.
das artes plásticas que querem substituir os barracos de madeira
da dança que desafoga
da música que não embala os adormecidos
da literatura das ruas despertando nas calçadas
pela periferia unida no centro de todas as coisas
contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais
de que arte vigente não fala...

Contra a surdez e a mudez artística
.
Pelo artista que não compactua com a mediocridade.
Por um artista a serviço da comunidade, do país,
um artista que por si só exercita a revolução

Contra a arte domingueira que a televisão defeca em nossa sala

e nos hipnotiza no colo da poltrona
Contra a barbárie que a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros...
espaços para o acesso do que há de bom na produção cultural.

Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior.

Contra um sistema que precisa de carrascos e vítimas.
Contra os covardes, os covardes, os eruditos do aquário
Contra o artista serviçal, escravo da vaidade
Contra os vampiros das verbas públicas para a arte privada

A arte que liberta não pode vir da mão que escraviza

enfim, por uma periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor
é tudo nosso!

Miame pra eles...

Me ame pra nós!
Miame pra eles...
Me ame pra nós!
Me ame pra nós!


Trechos da primeira semana de arte moderna da periferia

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